Tendências de Etarismo: como as empresas podem se preparar para um futuro mais inclusivo?

Tendências de Etarismo: como as empresas podem se preparar para um futuro mais inclusivo?

Você já parou para pensar quantas vezes a idade foi usada como critério, direto ou indireto, para definir o valor de um profissional? O etarismo, ou discriminação baseada na idade, está cada vez mais em evidência nas discussões sobre diversidade e inclusão no mercado de trabalho. Embora muitas vezes silencioso, esse preconceito traz impactos profundos tanto para os colaboradores quanto para as empresas — reduzindo oportunidades, minando a motivação e enfraquecendo a cultura organizacional.

E o mais importante: engana-se quem pensa que apenas os mais velhos sofrem com esse tipo de julgamento. Jovens também enfrentam barreiras ao serem considerados “inexperientes demais” para assumir responsabilidades ou cargos de liderança.

Mas diante de um cenário de transformações aceleradas, com o envelhecimento da população brasileira e a entrada de novas gerações no mercado, fica a pergunta: como as empresas podem se preparar para lidar com o etarismo e, mais do que isso, transformar a diversidade etária em uma vantagem competitiva?

É sobre isso que vamos falar neste artigo.


O que é etarismo e por que precisamos falar sobre ele?

O etarismo é a discriminação contra indivíduos com base na idade. No contexto corporativo, pode se manifestar de diferentes formas: desde comentários sutis como “você não tem energia para acompanhar esse ritmo” ou “você é jovem demais para liderar”, até práticas estruturais, como a exclusão de candidatos mais velhos nos processos seletivos ou a ausência de oportunidades de desenvolvimento para colaboradores maduros.

Esse tipo de preconceito, muitas vezes, é naturalizado e até confundido com “brincadeiras”. Mas na prática, ele reforça estereótipos e mina o potencial humano. E quando pensamos no futuro do trabalho, a urgência em combater esse viés fica ainda mais clara: segundo o IBGE, até 2040, 6 em cada 10 trabalhadores brasileiros terão mais de 45 anos. Ignorar a diversidade geracional é fechar os olhos para a realidade da força de trabalho.


Como o etarismo se manifesta nas empresas

O preconceito etário pode aparecer de formas diferentes em cada setor, mas alguns exemplos comuns incluem:

  • Processos seletivos enviesados que descartam candidatos pela idade, sem considerar suas competências.
  • Treinamentos e promoções negados a profissionais mais velhos sob a crença de que “não se adaptariam à tecnologia”.
  • Comentários e piadas depreciativas sobre ser “muito velho” ou “muito novo” para determinada tarefa.
  • Exclusão sutil de responsabilidades estratégicas, deixando colaboradores maduros apenas em funções de apoio.

Em áreas como tecnologia, há preferência por profissionais mais jovens, enquanto setores mais tradicionais tendem a resistir à entrada de colaboradores jovens por julgarem falta de experiência. Em ambos os casos, o que vemos é perda de talentos e enfraquecimento da inovação.


As consequências do etarismo para empresas e colaboradores

O impacto do etarismo vai muito além da frustração individual. Ele gera consequências diretas para a saúde do negócio:

  1. Saúde mental abalada – Funcionários que sofrem preconceito etário têm maior risco de ansiedade, estresse e baixa autoestima.
  2. Queda na motivação e produtividade – A percepção de que a idade define o valor profissional reduz o engajamento.
  3. Perda de talentos experientes – Profissionais maduros buscam ambientes mais respeitosos, levando consigo anos de conhecimento e expertise.
  4. Danos à imagem organizacional – Empresas vistas como discriminatórias enfrentam dificuldade para atrair talentos e clientes.

Quando pensamos em longo prazo, o etarismo custa caro: rotatividade alta, perda de inovação e enfraquecimento da cultura interna.


Diversidade geracional: uma tendência que veio para ficar

Apesar dos desafios, o futuro aponta para uma valorização crescente da diversidade etária. Organizações que conseguem integrar diferentes gerações saem na frente, pois colhem benefícios como:

  • Troca de experiências – Jovens trazem familiaridade com tendências e tecnologias; mais velhos oferecem visão estratégica e bagagem prática.
  • Ambientes mais criativos – Diferentes perspectivas aumentam a inovação.
  • Engajamento e lealdade – Equipes diversas sentem-se mais respeitadas, o que fortalece o vínculo com a empresa.

Em outras palavras, empresas que apostam na inclusão intergeracional constroem equipes mais resilientes, inovadoras e preparadas para o futuro.


O papel estratégico do RH no combate ao etarismo

O combate ao etarismo deve ser um compromisso organizacional, mas o RH desempenha papel essencial nesse processo. Algumas ações práticas incluem:

  • Implementar políticas claras de diversidade e inclusão, que contemplem a questão etária.
  • Adotar recrutamento & seleção baseado em competências, com metodologias que minimizem vieses, como o recrutamento às cegas.
  • Promover treinamentos de sensibilização para líderes e equipes, combatendo estereótipos e incentivando a comunicação respeitosa.
  • Oferecer programas de desenvolvimento contínuo acessíveis a todas as idades, mostrando que aprendizado não tem prazo de validade.
  • Incentivar práticas de mentoria reversa, onde jovens ajudam mais experientes em tecnologia e, em troca, aprendem com a vivência prática.

Como a PENSECOM pode ajudar sua empresa a combater o etarismo

Na PENSECOM, acreditamos que o sucesso das empresas está diretamente ligado à forma como cuidam das pessoas. Por isso, oferecemos soluções que apoiam organizações na construção de ambientes mais inclusivos e preparados para o futuro:

  • Consultoria em RH: ajudamos sua empresa a diagnosticar práticas de etarismo e implementar políticas eficazes de diversidade e inclusão.
  • BPO de Recursos Humanos: estruturamos processos estratégicos que garantem que recrutamento, treinamentos e gestão de talentos sejam alinhados a práticas inclusivas.
  • Treinamentos técnicos e comportamentais: desenvolvemos programas para líderes e equipes que sensibilizam, educam e criam práticas sustentáveis contra o preconceito etário.
  • Recrutamento & Seleção: utilizamos metodologias que valorizam competências e experiências, promovendo contratações justas e alinhadas à cultura de diversidade.

Nosso propósito é transformar positivamente pessoas e empresas, e combater o etarismo faz parte desse compromisso.


Conclusão: diversidade etária como vantagem competitiva

O etarismo é um desafio real, mas também uma oportunidade de evolução. Empresas que reconhecem a importância da diversidade geracional e investem em práticas inclusivas fortalecem sua marca, aumentam a inovação e criam ambientes mais justos e produtivos.

O futuro do trabalho será construído por equipes diversas — em gênero, cultura, habilidades e também em idade. A questão é: sua empresa está preparada para isso?

Na PENSECOM, estamos prontos para ajudar sua organização a dar esse passo. Entre em contato conosco e descubra como podemos construir juntos um ambiente de trabalho mais inclusivo, saudável e competitivo.

Bia Camargo

Influenciadora Digital I COMUNICAÇÂO PENSECOM Inteligência em Recursos Humanos

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