Cultura Organizacional: Fundamentos e Tipos na Gestão Empresarial

Cultura Organizacional: Fundamentos e Tipos na Gestão Empresarial

A organização da cultura, corporativa, empresarial ou organizacional, abrange um conjunto de hábitos, normas e valores que constituem a identidade de uma empresa. Mesmo que não claramente definida, cada empresa possui sua própria cultura organizacional. Assim, compreender e desenvolver esse aspecto de maneira profunda representa uma estratégia crucial para qualquer instituição.

Mas qual é a relevância da cultura organizacional?

A cultura organizacional desempenha um papel fundamental na atração de talentos. A compatibilidade entre os valores da empresa e do candidato, conhecida como ajuste cultural, está se tornando cada vez mais valorizada nos processos de recrutamento, tanto por empregadores quanto por candidatos.

Outro aspecto diretamente ligado à cultura empresarial é a retenção de talentos. De acordo com um estudo realizado pela Zety sobre a Geração Z, um ambiente de trabalho desequilibrado entre vida pessoal e profissional, além de um clima organizacional negativo, são os principais motivos que levam os profissionais a considerarem deixar seus empregos.

Além disso, abordar estrategicamente esse conceito ajuda na formação de equipes coesas e alinhadas com os mesmos princípios.

Essa identidade é extremamente poderosa para impulsionar a motivação e o engajamento dos colaboradores no trabalho. Quando as pessoas trabalham em um ambiente onde se sentem pertencentes e identificadas, naturalmente são mais motivadas e engajadas.

Diferença entre cultura e clima organizacional Enquanto a cultura organizacional representa os valores fundamentais da empresa, como sua missão, visão e normas, o clima organizacional refere-se ao ambiente percebido pelos colaboradores dentro da empresa.

Em resumo: a cultura corporativa é o DNA da organização, enquanto o clima organizacional é o ambiente criado a partir dessa cultura.

Tipos de cultura organizacional

De acordo com Charles B. Handy, especialista em comportamento e gestão organizacional, existem quatro tipos predominantes de cultura organizacional nas empresas.

Cultura de poder

Este tipo de cultura corporativa, comum em empresas menores e mais hierárquicas, centraliza o poder nas figuras de liderança. O proprietário do negócio (ou CEO) define todas as diretrizes e é visto como uma figura de autoridade.

Esse modelo é frequentemente encontrado em organizações focadas em resultados, incentivando a competição entre os colaboradores para alcançar os objetivos da empresa. No entanto, essa cultura pode ser vista como rígida ou autoritária, limitando a autonomia dos funcionários no ambiente de trabalho.

Cultura de pessoas

Como o próprio nome sugere, a cultura de pessoas valoriza o coletivo, favorecendo a autonomia dos colaboradores dentro de suas funções. É uma cultura que enfatiza o bem-estar dos funcionários independentemente de seus cargos.

Essas organizações frequentemente implementam iniciativas de desenvolvimento profissional e políticas de incentivo para atrair e reter talentos, proporcionando uma experiência positiva ao colaborador (employee experience). No entanto, o excesso de ênfase na autonomia pode resultar em falta de disciplina ou desalinhamento dentro das equipes quando a comunicação interna não é eficaz.

Cultura de tarefas

A cultura de tarefas concentra-se nos projetos realizados pela empresa. O foco está no que precisa ser feito para concluir o projeto, proporcionando mais autonomia aos funcionários e espaço para inovação.

Uma desvantagem desse tipo de cultura é a necessidade de monitorar de perto grandes equipes e garantir que todas as tarefas sejam realizadas harmoniosamente. Empresas que valorizam o trabalho em equipe e a criatividade, como agências de publicidade e produtoras de audiovisual, frequentemente adotam essa cultura.

Cultura de papéis

Com uma hierarquia bem definida e baseada em regras, a cultura de papéis enfoca as funções e responsabilidades atribuídas aos colaboradores. Esse tipo de organização valoriza a estrutura organizacional que determina as tarefas de cada funcionário de acordo com seu cargo.

Uma desvantagem dessa cultura é a falta de inovação, o que pode limitar o crescimento a longo prazo da empresa. Além disso, é comum encontrar funcionários que se acomodam, já que há pouco estímulo para inovação e desenvolvimento profissional.

Bia Camargo

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