Saúde Mental no Trabalho: O Impacto da Cultura Flexível na Satisfação Profissional

Saúde Mental no Trabalho: O Impacto da Cultura Flexível na Satisfação Profissional

A transição para uma cultura mais flexível no ambiente de trabalho está transformando a maneira como os profissionais encaram sua saúde mental. Segundo uma pesquisa realizada pela Infojobs, HR Tech especializada em soluções para RH, 86% das pessoas considerariam mudar de emprego em busca de melhor saúde mental e maior satisfação no trabalho.

O estudo, conduzido online entre agosto e setembro deste ano, envolveu 2.017 participantes de ambos os sexos, com idades entre 17 e 60 anos, sendo 21,7% (438 pessoas) profissionais de RH ou gestão de pessoas.

Os resultados revelam que 61% dos respondentes não se sentem satisfeitos ou felizes em seus trabalhos, e uma significativa maioria (76%) já conheceu alguém que precisou se afastar do trabalho por razões psicológicas.

Entre as medidas corporativas mais desejadas pelos funcionários, a falta de ações relacionadas à saúde mental ao longo do ano se destaca. Surpreendentemente, 75% dos participantes afirmam que a empresa em que trabalham ou trabalharam recentemente não oferece suporte para temas relacionados à saúde mental durante todo o ano.

A executiva da HR Tech, ao comentar sobre essa lacuna, ressalta que muitas empresas focam em questões de saúde mental apenas em setembro, criando um destaque temporário que não se sustenta ao longo do ano. O estigma em torno desses temas também dificulta discussões abertas e a implementação de políticas eficazes.

Os recursos limitados e a cultura organizacional inadequada são apontados como fatores que impedem a criação de programas específicos. No entanto, entre as empresas que afirmam ter ações nesse sentido, as mais citadas incluem suporte com psicólogos (47%), canal de escuta ativa (36%) e um RH atento aos sinais dos funcionários (34%).

A tecnologia emerge como uma ferramenta essencial para medir a aplicabilidade dessas medidas. A executiva destaca que entender as necessidades individuais de cada funcionário e avaliar métricas são fundamentais para criar estratégias específicas e justificar investimentos no bem-estar dos colaboradores.

Bia Camargo

Influenciadora Digital I COMUNICAÇÂO PENSECOM Inteligência em Recursos Humanos